sexta-feira, 13 de abril de 2012

CANUDOS

Minha introdução

Todo cidadão brasileiro deveria ler um pouco sobre Antonio Conselheiro. Um missionário que permitiu que famílias desprovidas pudessem viver em comunidade, em clima de fraternidade, sem riqueza, mas sem fome. Socialismo na prática existiu, mas a própria história dominada pelo PODER deu conta de rechaçar novas formas de vida no Brasil, no final do século XIX.


História da Guerra de Canudos
A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.
O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. 
Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranqüilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver. 
Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.
Pode-se dizer que este acontecimento histórico representou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural, e, também, que a resistência mostrada durante todas as batalhas ressaltou o potencial do sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país.
Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida ( mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.


Minha conclusão: Na verdade, Antonio Conselheiro era um missionário de cunho socialista. Sua experiência em comunidade referia-se, na verdade, numa provocação ao governo republicano aristocrata e voltado para as elites (como até hoje). Para visar sua prisão, houve uma provocação. Ele foi até uma loja para comprar madeira para viabilizar mais construções de casas. O comerciante disse que não tinha, mas que se ele quisesse, poderia pagar e depois que chegasse, bastava pegar. Na confiança, Conselheiro fez isso, pagou e somente algumas semanas depois voltou para pegar a madeira, levou para Canudos e na sequência, o comerciante alegou "golpe" do missionário, alegando que não havia pago a madeira que havia levado. Esse fato provocou a ida das TROPAS federais para acabar com Canudos.
 

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