segunda-feira, 25 de maio de 2009

Revoltas da República Velha


Durante a República Velha 1889 a 1930, aconteceram revoltas, na sua grande maioria, provocadas por questões políticas, religiosas, misérias, disputas de terras ou pelo poder.

As principais revoltas ocorridas nesse período foram:

1 - Revolta da Armada/Federalista: A chamada Revolta da Armada foi um movimento de rebelião promovido por unidades da Marinha do Brasil contra o governo do marechal Floriano Peixoto, supostamente apoiada pela oposição monarquista à recente instalação da República
2 - Revolta de Canudos: A chamada Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil. O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social em que encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, situação essa agravada pela ocorrência de secas cíclicas, de desemprego crônico; pela crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.

3 - Revolta da Vacina: No inicio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, como capital da República, apesar de possuir belos palacetes e casarões, tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e esgoto, coleta de resíduos precária e cortiços  super povoados. Alastravam-se, sobretudo, grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica. Nesse ambiente proliferavam muitas doenças tuberculose, o sarampo, o tifo e a hanseníase. Decidido a sanear e modernizar a cidade, o então presidente da República Rodrigues Alves (1902-1906) deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr.Oswaldo Cruz para executarem um grande projeto sanitário. O prefeito pôs em prática uma ampla reforma urbana, que ficou conhecida como bota abaixo, em razão das demolições dos velhos prédios e cortiços, que deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins. Milhares de pessoas pobres foram desalojadas à força, sendo obrigadas a morar nos morros e na periferia.

4 - Contestado: A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina. Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras, e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

5 - Revolta da Chibata: A Revolta da Chibata foi um movimento de militares da Marinha do Brasil, planejado por cerca de dois anos e que culminou com um motim que se desenrolou de 22 a 27 de novembro de 1910 na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, à época a capital do país, sob a liderança do marinheiro João Cândido Felisberto. Na ocasião, mais de dois mil marinheiros rebelaram-se contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos como punição, ameaçando bombardear a cidade. Durante os seis dias do motim seis oficiais foram mortos, entre eles o comandante do Encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves.


6 - Revolta de 1930: A Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, ParaíbaRio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado, o Golpe de 1930, que depôs o presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha. Em 1929, lideranças de São Paulo romperam a aliança com os mineiros, conhecida como política do café-com-leite, e indicaram o paulista Júlio Prestes como candidato à presidência da República. Em reação, o Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada apoiou a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas. Em 1º de março de 1930, houve eleições para presidente da República que deram a vitória ao candidato governista, que era o presidente do estado de São Paulo Júlio Prestes. Porém, Júlio Prestes não tomou posse, em virtude do golpe de estado desencadeado a 3 de outubro de 1930, e foi exilado.

7 - Revolta Constitucionalista: A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro de 1932, onde o Estado de São Paulo visava a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente Washington Luís que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924. Atualmente, o dia 9 de julho que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Geografia da população brasileira

Geografia e Estatística andam juntas há muito tempo no Brasil: para descrever e conhecer bem a realidade nacional, é importante saber quanto somos, quanto produzimos, quanto ganhamos, e muitas outras informações que são levantadas e calculadas pelos estatísticos.

Censo demográfico A principal fonte de informações sobre a população é o Censo Demográfico, que é a contagem periódica de todos os habitantes que residem no país. É com base nesses levantamentos que é possível calcular a taxa anual de crescimento da população, isto é, o seu ritmo de crescimento no período entredois censos, que geralmente são realizados de dez em dez anos.

Crescimento da população O aumento da população ocorre por vários fatores, entre eles, o crescimento natural ou vegetativo e migrações.

Crescimento natural O crescimento natural ou vegetativo é a diferença entre o número de pessoas que nascem e o número de pessoas que morrem, no mesmo lugar, num
determinado período.

Migrações As migrações são os deslocamentos da população na superfície da Terra. Elas podem ser internacionais, quando atravessam as fronteiras do país, ou internas, quando acontecem dentro dos limites de um território nacional.

A população rural e urbana Até 1940 a população brasileira morava, na maioria, nas áreas rurais. A industrialização, a mecanização e a tecnologia empregada na agricultura ocasionou a diminuição dessa população rural que começou a abandonar o campo e procurar as cidades.

Êxodo rural
O fenômeno dos trabalhadores em grande número deixarem as áreas rurais e buscarem emprego e melhores condições de vida nas cidades é denominado êxodo rural.


REFLEXÃO:

A tecnologia no campo continua desempregando e expulsando trabalhadores rurais para as cidades. Imagine uma família que vivia no campo chegando a uma grande cidade e que situações poderiam se defrontar com a cidade grande. E a cidade, consegue recepcionar de forma satisfatória esses seres humanos?

Clique aqui e saiba qual a população estimada para HOJE!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A fase do Açúcar (séculos XVI e XVII )

O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil. A mão-obra-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.

Administração Colonial
Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. O território foi dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários. Estes podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresentaram resultados satisfatórios, graças aos investimentos do rei e de empresários.

A economia colonial

A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.
As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.
O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.

A sociedade Colonial
A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana.
Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.
A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas.

Crédito: http://www.suapesquisa.com/colonia/



A desigualdade social no Brasil é uma realidade. Em que parte do texto é possível comparar a realidade atual com fatos ocorridos durante o ciclo da cana de açúcar.

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