A Idade média é dividida em Alta Idade Média (do século V ao
X) e Baixa Idade Média (do XI ao XV).
O modo de organização social e político da Idade Média é
conhecido como Feudalismo. A economia é baseada no trabalho servil, agricultura
de subsistência e escambo. O comércio é quase inexistente.
Muitos Estados modernos como Dinamarca, França e Portugal surgiram
durante a Idade Média. A Espanha era dominada pelos mouros.
As grandes propriedades rurais pertenciam aos senhores
(chamados de mansos senhoriais). Aos servos, cabia apenas um lote para a
agricultura de subsistência. Parte das terras dos senhores era doada à igreja.
Uma curiosidade interessante: feudo é, na verdade, o nome
que se dava às trocas feitas na época.
As vilas em torno dos castelos dos senhores eram
extremamente pobres, pequenas e povoadas por 60 pessoas em média.
Os servos só podiam utilizar as instalações do castelo do
senhor de terras (que comumente chamamos de “senhores feudais) mediante o
pagamento de uma taxa.
A floresta pertencia a todos e era praticamente uma área
livre. O detalhe é que somente os senhores podiam caçar os grandes animais –
aos servos restavam esquilos e coelhos.
Na mesa, as pessoas comiam normalmente com as mãos. Até o
início da Idade Moderna, era comum os convidados de um jantar levarem a faca de
casa para cortar o alimento.
Banhos? Os banhos estavam longe de serem diários (era um por
ano, que tal?). As pessoas se banhavam em uma tina e o primeiro a se lavar era
o chefe da casa.
Era mais seguro tomar vinho e cerveja do que água, fornecida
por rios e riachos das imediações.
Mosteiros de várias ordens religiosas da Idade Média eram
cercados de videiras. Os monges costumavam produzir e consumir o próprio vinho
- talvez por que fosse mais seguro do que a água de péssima qualidade que se
bebia na época. Aliás, durante a Idade Média, o vinho era usado como analgésico
e anti-séptico.
Na Idade Média, os gatos pretos eram vistos como bruxas
transformadas em animais. Não demorou para serem perseguidos pela Inquisição.
A Inquisição foi uma espécie de tribunal religioso criado na
Idade Média (século XII) e dirigido pela Igreja Católica Apostólica Romana. Foi
fundada pelo papa Gregório IX em 1231 com o objetivo de reprimir e castigar
tudo o que fosse considerado heresia pela Igreja.
Conta-se que a Inquisição foi criada inicialmente com o
objetivo de combater os cátaros (ou albingenses), uma seita cristã com forte
influência no Sul da França e Norte da Itália.
As punições da Inquisição iam da privação de “benefícios
espirituais” e prisões, do confisco de bens e morte na fogueira.
Na Idade Média, acreditava-se que o inferno possuía
infraestrutura e o diabo, diversos assessores, entre eles Nergal (demônio que
comandava a polícia), Astaroth (tesoureiro do inferno), Abramalech (responsável
pelo guarda-roupa de Lúcifer) e Baalberith (secretário de Lúcifer).
Pazuzu é um antigo demônio assírio, filho do deus Hambi. Na
Idade Média, era considerado o rei dos espíritos malignos. É Pazuzu quem
atormenta a menina no filme O Exorcista.
A maior parte das perseguições às bruxas não ocorreu, ao
contrário do que se diz por aí, durante a Idade Média, mas no início da Idade
Moderna ( do final do século XIV ao início do século XVIII).
Venerava-se quase tudo que tivesse relação com os mártires
(santos) da igreja e com Jesus. A obsessão por relíquias cristãs durante o
período medieval permitiu o surgimento de inúmeras falsificações. Qualquer
objeto que tivesse relação com a história e o corpo de Jesus era reinvindicado
pelas comunidades religiosas. A manjedoura era propriedade da Igreja de Santa
Maria Maior, em Roma. A Basílica de São João Latrão, também em Roma, dizia ser
proprietária do umbigo sagrado e prepúcio divino. O chicote que supostamente
teria açoitado Jesus estava na Basílica de São Bento, na cidade italiana de
Subiaco. Isso sem contar os espinhos da coroa, que estavam espalhados por
centenas de lugares diferentes.
A medicina era quase inexistente. Quem normalmente fazia
cirurgias eram os barbeiros. Um dos procedimentos mais comuns do período era a
sangria, tratamento que retirava o “excesso de sangue” (chamado de pletora) do
organismo.
A peste negra, epidemia que assolou a Europa no final da
Idade Média foi tão devastadora que 1/3 da população européia do século XIV foi
dizimada no curto período de quatro anos, entre 1347 e 1351.
Dos 140 monges de um convento em Montpellier, na França,
apenas sete sobreviveram à peste. Aliás, o medo do contágio era tamanho que o
papa suspendeu a extrema unção aos mortos.
Ninguém suspeitou que a peste negra tivesse relação com a
morte de milhares de ratos. Acreditava-se que ela era provocada pelo “ar ruim”,
contra o qual receitava-se aspersão de água de rosas e queima de ervas.
Para variar, a epidemia acabou provocando xenofobia e
aumentando o preconceito religioso. As cidades eram fechadas para os forasteiros
e os judeus e muçulmanos acusados de propagarem a doença. Dezenas de
comunidades judaicas foram atacadas e milhares de judeus afogados ou queimados.
Na Idade Média, as pessoas dormiam nuas. Quer dizer, nem tão
nuas assim: elas usavam gorros para se protegerem do frio. Marido, mulher,
filhos e mesmo as visitas compartilhavam o mesmo leito.
O sexo era considerado pecado. O namoro, então, era
praticamente inexistente. As uniões eram arranjadas e o noivo e a noiva da
nobreza se conheciam no dia do casamento – antes disso, só podiam se conhecer
através de retratos pintados à óleo.
As meninas se casavam logo após a primeira menstruação e os
meninos, com a idade aproximada de 18 anos. A família da noiva costumava pagar
um dote a do noivo.
Ainda em relação ao sexo: a homossexualidade era proibida e
passível de pena de morte. A prostituição também era condenada, apesar de…
acredite, metade do lucro das prostitutas ia para o clero.
Mais uma sobre o sexo: o cinto da castidade foi inventado
durante a Idade Média.
Acredite se quiser, mas um dos locais mais animados do
período era o cemitério. A população passeava, brincava e dançava entre os
túmulos. Também era possível fazer compras (o açougueiro era apenas um dos
comerciantes a dispor sua mercadoria sobre os jazigos) e participar de diversas
cerimônias públicas. Os cemitérios serviam ainda para juízes comunicarem
sentenças, padres darem o sacramento, pregadores intinerantes exortarem o povo
ao arrependimento, prefeito informar suas medidas e, claro, de vez em quando
alguém ser sepultado.
Uma das figuras mais emblemáticas do período medieval é a do
cavaleiro. Os cavaleiros geralmente pertenciam à nobreza. Começavam a ser
iniciados aos 7 anos e aos 10, começavam a servir aos senhores “feudais”. O
reconhecimento como cavaleiro só acontecia aos 20 anos. O ritual da sagração
ocorria num combate simulado durante uma festa. Durante as cruzadas, os
cavaleiros se transformaram em defensores da fé contra infiéis e hereges.
As conhecidíssimas cruzadas ocorreram durante a Idade Média.
Foram 9 cruzadas, a primeira em 1096 e a última, em 1272.
Por falar em cruzadas, você já ouviu falar na Cruzadas das
Crianças? Pois reza a lenda que em 1212 cerca de 40 mil crianças foram
encaminhadas a Jerusalém a fim de conquistar a cidade para os cristãos mas… a
maioria morreu ou foi escravizada no caminho.
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